
“Advogados com Direito… à Palavra” – Entrevista à Dra. Rute Marques
Rute Marina Marques é advogada associada do CEG & Associados desde abril de 2020. Em entrevista à rubrica “Advogados com Direito… à Palavra” fala-nos de como o Direito entrou na sua vida, do percurso até aqui trilhado e sobre a experiência como advogada de prática individual.
Como é que o Direito entrou na sua vida? Foi uma meta que definiu ou surgiu quase por acaso?
Sempre foi uma meta. Recordo-me de dizer que gostava de “defender as pessoas, de fazer justiça” e mais tarde que queria ser advogada.
Durante o meu percurso escolar escolhi a área de humanidades com a intenção de me inscrever na universidade na licenciatura de Direito, caminho que acabei por trilhar tendo atingido esse objectivo.
O seu percurso começou pelo Porto, passou por Ovar, Santa Maria da Feira, até que chegou a Odivelas, Lisboa. Que marcas é que estes sítios lhe deixaram?
Desde a agregação até à atualidade o meu percurso profissional passou já por diversas fases.
O elemento comum e mais marcante, é a aprendizagem que o exercício da Advocacia em diferentes contextos me proporcionou.
É diferente a experiência de exercer Advocacia em Ovar ou Santa Maria da Feira da experiência de exercer a Advocacia em Lisboa, mas considero que o importante é conseguir retirar as conclusões que advêm desses diferentes contextos aplicando-os no momento presente.
Trabalhou como advogada em prática individual de 2018 a 2020. Como foi a transição para uma sociedade de advogados e o que a motivou a fazer esta mudança?
Após o estágio tomei a decisão de abrir escritório e exercer advocacia em prática individual, em Santa Maria da Feira. Decorridos dois anos desde essa tomada decisão, senti necessidade de outros incentivos que acabei por encontrar no exercício da Advocacia integrada em Sociedade.
A mudança para Lisboa surgiu após ter decidido que o próximo seria, de facto, associar-me a uma Sociedade de Advogados e o que a motivou foi o número manifestamente superior de oportunidades que, na altura, existia na zona de Lisboa.
A CEG foi o projecto que abracei, por considerar que a estrutura e visão estavam de acordo com as minhas expectativas de progressão e desenvolvimento profissional.
Integrou o escritório em plena pandemia de COVID-19, em abril de 2020. Sentiu dificuldades na integração com a equipa e no contacto com clientes ou a tecnologia atual desvaneceu a distância e os constrangimentos provocados pela situação pandémica?
Nunca senti dificuldades de integração! A equipa que compõe a CEG acolheu-me de forma irrepreensível.
Mudei para uma cidade o que implicou adaptar-me não só ao contexto laboral, como social e surpreendeu-me muito, pela positiva, a entreajuda da equipa da CEG e hoje posso afirmar que mais do que colegas de trabalho, tenho verdadeiros amigos dentro da Sociedade.
Relativamente ao contacto com os clientes no contexto de pandemia, encontramos novas soluções, como é o caso das plataformas digitais de comunicação à distância para continuarmos a prestar serviços aos nossos clientes.
Agora que tem as duas experiências (em prática individual e em sociedade de advogados), que características suas é que cada uma destas modalidades trazem ao de cima, respetivamente?
Ter exercido em prática individual impulsionou o meu sentido de responsabilidade e autonomizou-me desde cedo.
Na prática em sociedade a partilha e a interdisciplinaridade são factores importantes. A possibilidade de discutir perspectivas e matérias com os outros advogados, bem como a de integrarmos um determinado departamento que atua numa determinada área
(no meu caso, registos e notariado, imobiliário, família e menores e sucessões) é manifestamente enriquecedor do ponto de vista pessoal bem como potência a eficácia no tratamento das questões que nos são submetidas pelos nossos clientes.
Ao contrário do que se possa pensar, o Direito é uma área mutável que sofre alterações. O que faz para se manter atualizada? Que ferramentas utiliza?
A partir do momento em que ingressamos na advocacia um dos princípios base é a necessidade constante de estudar.
Além disso, a frequência de formações ministradas por entidades reconhecidas, bem como o acompanhamento constante das alterações legislativas é indispensável.